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Experiência n. 2 - Flávio de Carvalho

Em 1931 o multi-artista (pai da performance) Flávio de Carvalho, a partir de uma estálida idéia, resolve atravessar uma procissão de Corpus Christie no sentido contrário e de chapéu. Na época, essa heresia era suficiente para despertar a fúria generalizada da multidão, a princípio organizada para uma manifestação religiosa totalmente pacífica. 

 

No início, enquanto os ânimos ainda não se exaltavam demais, Flávio pôde observar cientificamente a multidão, mas conforme as pessoas perdiam a timidez e se tornavam cada vez mais agressivas, ele se viu em necessidade de fuga pela própria vida. 

Essa experiência (conhecida como "Experiência n. 2") foi relatada em texto pelo próprio artista, e mais tarde publicada. Fui convidado pela Camila Mota (atriz do Teat(r)o Oficina Uzyna Uzona) a, sob sua direção, transformar o relato de Flávio de Carvalho em uma instalação sonora para 6 caixas de som com texto narrado. Esse trabalho constituiu o corpus da exposição "A Experiência Como Obra", promovida pelo Museu da Cidade de São Paulo na Oca, no Parque do Ibirapuera, entre 05 de fev e 30 de mar de 2014, com curadoria de Afonso Luz. 

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